Primeiro dia da Seda é repleto de atividades

Christian Caselli e Próxima Cena em ação

Teve início hoje no MISC – Museu da Imagem e do Som de Cuiabá, a segunda SEDA – Semana do Audiovisual. O projeto existe desde o ano passado, quando os cineastas Paulo Caruso e Otávio Pacheco vieram a Cuiabá ministrar oficina de produção audiovisual a novos produtores cuiabanos. Esse ano, o processo se repete, com outro cineasta. O carioca Christian Caselli.

Na tarde de hoje Caselli falou aos alunos da atual facilidade em se produzir conteúdo audiovisual, realidade muito distante há alguns anos atrás. O videomaker falou também das alternativas de se gravar com tecnologias alternativas às usuais, fazendo uso de câmeras digitais, máquinas fotográficas, celulares e por aí vai.

Caselli falou também dos diferentes formatos de vídeo, tais como videoclipe, documentário, ficção, entre outros. Na interação com os alunos, surgiu a perspectiva de cinco vídeos (por enquanto). Um é ficção, o outro é a cobertura em Web Tv da Seda, dois videoclipes (das bandas Snorks e Macaco Bong), além de uma crônica encenada por um ator.



A peculiaridade da Seda desse ano é a diversidade entre os alunos que participam da oficina. Há pessoas de diferentes segmentos artísticos, buscando o link com o audiovisual, como é o caso de integrantes de bandas (visando a qualificação em videoclipes), comunicólogos (cobertura em audiovisual), literatos (vídeo-crônica ou vídeo-poema) e desenhistas (vídeos de animação).

Inclusive, a equipe responsável pela cobertura da SEDA (web tv; making of) já captou imagens e depoimentos hoje – em breve disponibilizados por aqui.

Segundo Christian Caselli, a produção nacional do audiovisual hoje é bem forte, em especial as vistas nos festivais independentes. O videomaker ressaltou também que o padrão de produção é bem diferente do modelo global e hoolywwodiano que imperou nos últimos anos. Mas também critica: “a coisa mudou tanto que os parâmetros antigos de vanguarda se perderam. Hoje surgem muitas coisas novas a todo momento. Mas muita gente ainda é muito preso a ficar relembrando a vanguarda dos anos 60, e às vezes as pessoas não sabem bem como agir”.


Caselli falando sobre a mostra

Sobre os filmes da mostra - Segundo o videomaker, os filmes foram feitos basicamente com orçamento muito baixo, alguns inclusive tiveram custo zero. “Quero falar sobre isso, quero explicar que é possível fazer algo original com pouquíssimo recurso, na sua casa e sair muito melhor que o padrão Globo e Hollywood. É fácil”, sentencia.

Show
Macaco Bong

Com a impossibilidade da apresentação do Chilli Mostarda (o baterista Frog estava viajando com uma das outras bandas em que toca), o único show da primeira noite da Semana do Audiovisual foi o do Macaco Bong. A banda apresentou algumas das músicas que estarão em breve em seu primeiro cd, intitulado "Artista Igual Pedreiro", a ser lançado no início do ano que vem.